Wednesday, November 28, 2007


MARADONA

A única prova que Deus existe.

Em qualquer momento ou local que repouse a sua existência, Diego seguirá driblando para a eternidade na minha memória como um desafio ao impossível, rompendo fronteiras no tempo, porque vê-lo jogar, como pibe com a camisola do Argentinos Juniors ou como capitão da selecção de Gardel, foi, para mim, um agnóstico que gosta e respira futebol, a única prova de que Deus existe.


Quero falar-vos de um poeta. Um poeta do futebol maravilha que transformou em terreno aquilo que nem os Deuses, na relva do Olimpo, tinham logrado sonhar. Há quem defenda que a bola é um ser vivo, dotada de vontade própria, que só se aproxima daqueles que a sabem tratar bem, com amor e carinho. Também penso assim. Por isso, durante muito tempo, pensou-se que o tesouro do futebol estava guardado num lugar seguro, fechado a sete chaves: O corpo de Diego Maradona.Por isso, durante aqueles dias em que ele disputou o «outro jogo», o da própria vida, longe do único local no qual se sentiu feliz, um campo de futebol, nunca consegui imaginar como seria possível dizer adeus a um Deus do futebol, pois, para além dessas mágicas quatro linhas mágicas, a vida nunca respeitou o seu talento divino. Guardo religiosamente todos os resumos dos seus jogos e golos, do Boca ao Nápoles, entre eles um livre indirecto marcado, numa tarde de chuva, frente á Juventus, com um chapéu á entrada da pequena área fazendo a bola sobrevoar, como um pássaro, toda a equipa bianconera, até ao angulo superior da baliza de Tacconi. Um poema em forma de futebol. Em qualquer momento ou local que repouse a sua existência, Diego seguirá driblando para a eternidade na minha memória como um desafio ao impossível, rompendo fronteiras no tempo, porque vê-lo jogar, como pibe com a camisola do Argentinos Juniors ou como capitão da selecção de Gardel, foi, para mim, um agnóstico que gosta e respira futebol, a única prova de que Deus existe. A última reserva de um fútbol poético que se nos escapou das mãos como areia fina por entre os dedos.

Apesar de ter começado no Argentinos Juniors, seria na Bombonera que o mais famoso jogador argentino de todos os tempos iria pela primeira vez assombrar o mundo com a sua magia. Maradona ingressou no Boca, no inicio de 1981, numa altura em que, ainda no defeso – não esquecer que a época oficial sul americana corresponde ao nosso ano civil- era pretendido pelo River Plate e Barcelona. O presidente do Boca, Martin Noel seria, porém, mais astuto e por cerca 900 mil contos, contrataria «El Pibe de ouro», nesse tempo com apenas 20 anos. Com ele, o Boca venceu o campeonato de 1981, com 17 golos de Maradona em 28 jogos. Foram tempos inesquecíveis.

Quando em 1978, El Flaco Menotti se aproximou dele e disse-lhe, num misto de autoridade paternal e razão indecifrável, que tinha decido não o convocar, o pibe Diego Armando Maradona teve vontade de o matar. Como podia estar-lhe a destruir aquele sonho? Durante meses só se conseguia imaginar na cancha do Monumental, com 100 mil hinchas fanáticos gritando pela Argentina e ele, com 17 anos mal feitos, a fazer bailar as redes. O sonho começara pouco antes quando ouvira Menotti falar dele com grande admiração e enormes elogios num programa de rádio. Estava a pensar nele para o Mundial 78, dissera então. Nessa tarde, conta Maradona, realizou um dos melhores treinos da sua vida, porque como ele confessa no seu livro Eu sou El Diego: “para mim, Menotti era... Deus!”. Dias depois era chamado para jogar um jogo particular com a Hungria. Foi a sua estreia na selecção principal argentina. Começou sentado no banco e temia não jogar. Logo no inicio a Argentina marcou um golo e logo o pelusa pensou: “Isto vai ser uma goleada. Assim que vou jogar!” Vinte minutos depois, Menotti virava-se diria as palavras mágicas: “Maradona! Maradona!”. Mal entrou no relvado, Diego recebeu um passe do líbero Gallego. Era uma prova de confiança. De pronto, faz um passe magistral, isola Housseman e sentiu um arrepio percorrer-lhe o corpo todo. Na bancada o seu pai e sua mãe Totta, mais os pequenos irmãos, assistiam de coração apertado. Depois dessa noite inesquecivel, nunca pensaria que Menotti não o chamasse para jogar o Mundial. Na hora da sentença, que também tocou o mago Bichini, explicou-lhe que era melhor esperar um pouco, no futuro ia ter muitos Mundiais, pelo que decidira deixá-lo de fora dos escolhidos para o grande torneio. No passado, porém, existia o exemplo divino de Pelé campeão do mundo com 17 anos, em 1958. Maradona não conseguia deixar de pensar nisso. Neste contexto, quando Menotti, um ano depois de se sagrar campeão do mundo sénior com o onze de Kempes e Passarela, surgiu no Japão, em 1979, para disputar o Mundial de juniores com uma selecção júnior liderada por Maradona e Ramon Diaz, ambos com 19 anos, muitos entenderam que, mais do que uma prova juvenil, este torneio era antes uma sublime montra de estrelas em potência. Dessa fantástica selecção gaúcha sairiam cinco jogadores que no futuro jogariam um Mundial com o onze principal: Barbas, Calderon, Simon, Ramon Diaz e, claro, Maradona.

Na hora da chegada ao México, um facto na altura pouco significativo acabou, no futuro, por tornar-se no segredo do muito que se iria suceder no mês seguinte. Desembarcavam figuras como Platini e Rumenigge e ambos diziam que não se consideravam favoritos. Ora porque não estava em bom momento de forma, ora porque vinham arrastando uma lesão, etc. Quando chegou Maradona, tudo foi diferente: “Estou aqui para ganhar e para provar que sou o melhor jogador do mundo”.
Era uma selecção argentina que muitos analistas rotulariam inclusive de vulgar, só que dentro dele estava um homem capaz de sozinho ganhar qualquer jogo: Maradona. Há quem acredite que se nesse Mundial, Maradona tivesse jogado pela Coreia, os coreanos também tinha sido campeões do mundo.

Quando, na relva do Azteca, viram Maradona saltar como um coelho voador frente ao guarda redes inglês Shilton e, com a mão de Deus, passar-lhe a bola por cima da cabaça, pela mente de muitos argentinos cruzaram-se outras memórias. Quando, pouco depois, o mesmo Diego Deus Maradona, driblou meia Inglatera e diante de Shilton, fintou-o com o corpo, tocando a bola para a sua direita, onde depois, com o seu mágico pé esquedo, chutou para as redes vazias, fazendo aquilo que o seu irmão Turco de sete anos lhe dissera para fazer pouco antes na pampa quando o vira falhar um golo na mesma situação, todos imaginaram como se estariam a sentir as tropas britânicas no vento gelado das Malvinas, nas ruas desertas de Por Stanley, ao ver como um pequeno argentino nascido na mais profunda pobreza, lhes estava a roubar, lá longe, na terra dos sombreros, os festejos do quarto aniversário da reconquista das Falklands. Conta-se que numa humlde habitação argentina Don Salvatore, o célebre pianista de Colón, das memórias de Osvaldo Soriano, um dos milhões de argentinos sofredores, velho discipulo de Zapata, caiu da cadeira quando viu aquela segunda proeza de Maradona e pediu a todos que não o levantassem até ao dia de se jogar a final. “Ás vezes, passado este tempo, sinto que o segundo golo me deu muito mais gozo.”, recorda hoje Maradona.Depois de fazer o mesmo, na meia final, aos pobres belgas, derotados com outros dois maravilhosos goloes do pelusa, a Argentina estava, definitivamente, no caminho da glória ao ritmo de Maraona.

Na hora do regresso, todos foram recebidos numa atmosfera de verdadeira loucura. Quando por fim chegou ao jardim de Totta, a sua mãe que durante o Mundial lhe telefonava a perguntar: “Mas o que é tu comes, pibe? Corres mais do que nunca!”, Maradona sentiu-se outra vez Diego. Durante os dias e as noites seguintes, a sua casa permaneceu rodeada de uma multidão que gritava o seu nome em delirio. Iam e vinham, todos os dias e todas as noites. Dois míudos, porém, destacavam-se dos outros. Estavam lá desde o primeiro dia, recorda Maradona em “Eu sou El Diego!”. Até que uma noite, com pena, chamou-os para entrar e durante algum tempo trocou alguns passes, jogou futebol com eles na sala perante o olhar incrédulo de toda a família.

O italiano Bagni que compartiu com Maradona, os melhores anos da vida do Nápoles, conta que muitas vezes lhe intrigava o facto de, acabado o treino, e enquanto todos recolhiam ao balneário bebendo água esgotados, o argentino de ouro ficava para trás e, uma a uma, recolhia as bolas espalhadas pelos quatro cantos do relvado, levando-as, ora com pequenos toques sem a deixar cair, ora acariciando-a e dando-lhe beijinhos, ora brincando com ela, até ao saco que as iria abrigar até á sessão seguinte. Um ritual de arte que intrigava Bagni, até que, o fim de alguns dias, perguntou-lhe porque o fazia. É só porque gosto de estar só com elas, tratá-las com carinho, falar-lhes ao ouvido para que no dia do jogo me obedeçam, amo-as tanto que todo o tempo do mundo com elas seria pouco para mim, explicou o pelusa, enquanto a seu lado passava um ragazzo e um cão usando duas perucas de Maradona.


Histórias de Encantar


“Em 85, na Colômbia, atiraram-lhe um laranja quando se preparava para marcar um canto e ele viu-a ainda no ar. Quando caía, amorteçeu-a com o pé, fazendo um movimento com o calcanhar, “tobillo”, que a permitiu de ficar colada á sua bota, sem se desfazer. Então começou a dar-lhe toques curtos e rápidos, sem a deixar caír, tic, tic, tic. De repente, levantou-a meio metro, deu a volta, de costas para o público, e pegou uma bicicleta na laranja que a devolveu mais ou menos ao sitio de onde tinha vindo, mas agora já desfeita. Isso vi eu, não me contaram!”. Jorge Valdano, in Sueños de Futbol

Como definir Maradona? Era Deus jogando futebol. Uma vez quando estava em Barcelona, já aborrecido por estar numa recepção, encafuado dentro de um grande salão cheio de objectos valiosos, entre eles muitos objectos de ouro, descobriu uma bola e resolveu, ali mesmo, começar a dar-lhe toques. Brinca e diz que a vai meter num cesto que está lá do outro lado do salão, em cima de um pequeno móvel. Levanta-a e remata na sua direcção. A bola passeia pela sala, passa ao lado, sempre muito perto, das peças de ouro e prata, estatuetas douradas, vasos da dinastia Ming, e, no meio de um conter de respiração geral, enfia-se, obediente, no cesto colocado no outro extremo. Existe a obra divina e existe a obra humana. Existe a obra perfeita e existe a obra imperfeita. Neste cenário perfeito, o futebol de Maradona, terá sido uma obra divina ou um feito meramente terreno?



OS PASSOS DE UM DEUS DE FUTEBOL

ARGENTINOS JUNIORS (1976-1980)


166 jogos, 115 golos


1976 11 jogos, 2 golos


14/11/76 Argentinos Juniores, 5-San Lorenzo, 2 (os primeiros dois golos marcados, como sénior, no campeonato argentino)


1977 Campeonato Metropolitano: 37 jogos, 13 golos

Campeonato argentino: 12 jogos, 6 golos


1978Campeonato metropolitano: 31 jogos, 21 golos

Campeonato argentino: 4 jogos, 4 golos


1979Campeonato metropolitano: 14 jogos, 14 golos

Campeonato argentino: 12 jogos, 12 golos


1980Campeonato metropolitano: 32 jogos, 25 golos

Campeonato argentino: 13 jogos, 18 golos




BOCA JUNIORS (1981)

198140 jogos, 28 golos


Campeonato I Divisão: 28 jogos, 17 golos

Campeonato argentino: 12 jogos, 11 golos (Campeão Argentino)




BARCELONA (1982-1984)

58 Jogos, 38 golos


1982/83Liga espanhola: 20 jogos, 11 golos

5-9-82: Valência, 2-Barcelona, 1 (primeiro golo no futebol espanhol)

Taça de Espanha: 5 jogos, 3 golos (Vencedor após bater na final o Real Madrid, 2-1)

Taça da Liga: 6 jogos, 4 golos

Taça das Taças: 4 jogos, 5 golos

15-9-82: Barcelona, 6-Apollon, 0 (Chipre) (Marca três golos, os primeiros nas competições europeias)

1983/84Liga Espanhola: 16 jogos, 11 golos

Taça de Espanha: 4 jogos, 1 golo

Taça das Taças: 3 jogos, 3 golos.




NÁPOLES (1984-1991)

259 Jogos, 115 golos


1984/85Liga Italiana: 30 jogos, 14 golos

23-9-84: Nápoles, 1-Sampdoria, 1 (Primeiro golo no Campeonato italiano)

Taça de Itália: 6 jogos, 3 golos

1985/86Liga Italiana: 29 jogos, 11 golos

Taça de Itália: 2 jogos, 2 golos.

1986/87Liga Italiana: 29 jogos, 10 golos (Campeão Italiano)

Taça de Itália: 10 jogos, 7 golos (Vencedor da Taça)

Taça UEFA: 2 jogos, 0 golos (Falha o penalty decisivo, atirando ao poste, no desempate frente ao Tolouse)

1987/88Liga Italiana: 28 jogos, 15 golos

Taça de Itália: 9 jogos, 6 golos

Taça dos Campeões: 2 jogos, 0 golos

1988/89Liga Italiana: 26 jogos, 9 golos

Taça de Itália: 12 jogos, 7 golos

Taça UEFA: 12 jogos, 3 golos

7-9-88: Napoles, 1-PAOK, 0 (primeiro golo, de penalty) marcado pelo Nápoles nas competições europeias)

3-5-89: Vence a Taça UEFA, batendo na final a duas mãos o VFB Stuttgart (2-1 e 3-3, 1 golo, de penalty, o segundo da primeira mão)

1989/90Liga Italiana: 28 jogos, 16 golos (Campeão italiano pela segunda vez)

Taça de Itália: 3 jogos, 2 golos

Taça UEFA: 5 jogos, 0 golos)

1990/91Liga Italiana: 18 jogos, 6 golos

17-3-91: Acusa positivo no controle anti-doping (cocaína) findo o jogo com o Bari, em Nápoles.

24-3-91: Sampdoria, 4-Napoles, 1 (último jogo e último golo, em Itália)

Taça de Itália: 3 jogos, 2 golos

SuperTaça de Itália: jogo, o golos. (Vitória sobre a Juventus, 5-1)

Taça dos Campeões: 4 jogos, 2 golos.

1991/92Suspenso



SEVILHA (1992-1993)

29 jogos, 7 golos


1992/93Liga Espanhola: 25 jogos, 4 golos

11-10-92: Sevilha, 1-Saragoça, 0 (primeiro golo marcado no regresso a Espanha)




NEWELL`S OLD BOYS (1993-1994)

5 jogos, 0 golos


1993/94Torneio Abertura: 3 jogos, 0 golos




BOCA JUNIORS (1995-1997)

31 jogos, 7 golos 7-10-95:


Boca Juniores, 1-Colón, 0 (Primeiro jogo no regresso ao Boca Juniores)

25-10-97: Boca Juniores, 2-River Plate, 1 (Último jogo oficial como futebolista profissional)




SELECÇÃO ARGENTINA: (Juniores)
Juniores: 15 jogos, 8 golos


Jogos particulares juniores: 8 jogos, 5 golos.




SELECÇÃO ARGENTINA: (Seniores)
Jogos oficiais: 88 jogos, 33 golos


Jogos particulares: 25 jogos, 17 golos




MOMENTOS MITÍCOS

7-2-1977: Argentina, 5-Hungria, 1: Estreia na primeira selecção argentina, convocado por César Luís Menotti.

1978: Não é convocado para o Mundial-78

1978. Melhor marcador do campeonato metropolitano (Buenos Aires): 22 golos1979: Campeão do Mundo Sub-20 no Japão.

1980: Melhor marcador do campeonato metropolitano (Buenos Aires), pelo Argentino Juniores: 25 golos.Melhor marcador do campeonato nacional argentino, pelo Argentino Juniores: 18 golos

1981: Campeão argentino pelo Boca Juniores.

1983: Vencedor da Taça de Espanha

1986: Campeão do Mundo com a Argentina, no México.

1987: Campeão italiano, com o Nápoles

1988: Vencedor da Taça UEFA.

1990: Campeão italiano pela segunda vez, com o Nápoles.25-6-94: Argentina, 2-Nigéria, 1: Mundial 94, último jogo na selecção argentina, findo o qual acusa positivo (Efedrina) no controle anti-doping.

1995: Recebe “Bola de Ouro” honorário como prémio pela sua carreira (nesse momento cumpria suspensão de 15 meses por controle anti-doping positivo no Mundia-94)


Sunday, November 25, 2007


A queda o império inglês
No Wembley, a Inglaterra caiu, de forma arrepiante, frente à Croácia, vitima das suas insuficiências tácticas e técnicas. No ciclo pós-Eriksson, o primeiro abalo foi a perda de consistência defensiva, agravada esta semana pela falta de Terry. Com uma dupla de centrais muito pesada, Lescott-Campbell, nunca teve jogo de cintura face às rápidas triangulações croatas em contra-ataque. Na construção ofensiva, denotou grande incapacidade na relação entre as faixas e as zonas centrais. Na direita, Wright-Philipps joga por picos. Acelera e, então, ou passa o adversário, ou choca com ele e a jogada perde-se. O seu jogo não tem uma ideia colectiva e, Gerrard, interior direito, fica entregue a aventuras individuais. Na esquerda, Joe Cole, jogando de fora para dentro, não define quando chega à zona central se deve então assumir-se como um passador ou um rematador. Neste cenário, o cérebro de Lampard confundiu-se e, no ataque, a girafa Crouch torna-se uma atracção magnética para qualquer jogador em campo. Vendo alguém com quase dois metros na área, a tentação de qualquer jogador, sobretudo quando a perder, é meter logo a bola por alto em jogo directo. A antítese do jogar bem construído. Mais uma lição da história...


Monday, November 19, 2007


Cristian Rodriguez é o melhor reforço dos "Grandes"
Com o primeiro terço de Liga completo,chega a primeira avaliação aos jogadores que chegaram esta época aos três "Grandes".Investimentos á parte,os dados estatísticos indicam que o Benfiquista Cristian Rodriguez é o reforço que mais se tem afirmado.O estremo Uruguaio já fez 8 jogos pelo Benfica (7 a titular e 1 como suplente utilizado) e soma 28 pontos,o que fáz uma média de 3,50 pontos.Um registo consideravelmente superior ao do melhor reforço do Sporting,que é Simon Vukcevic.O Montenegrino,já alinhou em 9 jogos (6 como titular) e totaliza 27 pontos,o que dá uma média de 3 pontos.A mesma média tem o melhor reforço do F.C.Porto,que é Stepanov.Jesualdo Ferreira tem apostado pouco em reforços,preferindo manter a estrutura que conquistou o titulo na época passada,pelo que há apenas 3 jogadores com,pelo menos,5 jogos efectuados (condição mínima para entrar na comparação ).E isto se incluirmos Tarik (média de 2,77 ),mas todos como suplente utilizado.Bolatti fez 6 jogos,mas em 3 deles não recebeu nota devido ao pouco tempo de utilização,pelo que também não entra na comparação.Assim protege-se a média do jogador,pois os 7 pontos que soma são divididos por 3 jogos (média de 2,33 ) e não por 6 (ficava com média de 1,17 ).Este critério foi utilizado para todas as equipas.O Benfiquista Romeu Ribeiro,por exemplo,foi suplente utilizado em 5 jogos mas apenas recebeu nota em 2,pelo que também não entra na análise.Se analisarmos o top de reforços dos "Grandes" reparamos que há uma predominância de jogadores do Benfica.Isto é explicado pela maior utilização de reforços por parte de Camacho.Na equipa da Luz houve 7 reforços que fizeram pelo menos 5 jogos.No Sporting são apenas 4 e no F.C.Porto 3...
Comparação entre os melhores dos "Grandes"


1. Cristian Rodriguez (Benfica) - 8 jogos / 28 pontos (media de 3,50)


2. Stepanov (F.C.Porto) - 5 jogos / 15 pontos (media de 3)


3. Simon Vukcevi - (Sporting) - 9 jogos / 27 pontos (media de 3 )




Top de reforços do "Grandes"

1. Cristian Rodriguez ( Benfica) - 8 jogos / 28 pontos (média de 3,50)


2. Ecarlos (Benfica) - 5 jogos / 16 pontos (média de 3,20)


3. Steponov (F.C.Porto) - 5 jogos / 15 pontos (média de 3)


4. Simon Vukcevic ( Sporting) - 9 jogos / 27 pontos (média de 3)


5. Maxi Pereira (Benfica) - 8 jogos / 24 pontos ( média de 3)


6. Binya (Benfica) - 5 jogos / 15 pontos (média de 3)


7. Di Maria (Benfica) - 8 jogos / 24 pontos (média de 3)


8. Stojkovic (Sporting) - 9 jogos / 26 pontos (média de 2,89)


9. Izmailov (Sporting) - 7 jogos / 20 pontos (média de 2,86)


10. Cardozo (Benfica) - 9 jogos / 25 pontos (média de 2,78)


11. Tarik Sektioui (F.C.Porto) - 10 jogos (apenas 9 com nota ) / 25 pontos (média de 2,77)


12. Purovic (Sporting) - 7 jogos / 16 pontos (média de 2,66)


13. Leandro Lima (F.C.Porto) - 7 jogos / 18 pontos (média de 2,57)


14. Luís Filipe ( Benfica) - 9 jogos / 22 pontos (média de 2,44)

Nota: Para esta análise comparativa foram apenas incluidos os jogadores que fizeram pelo menos metade (5) dos 10 jogos já disputados na Liga.Os jogos em que os jogadores não receberam nota,devido ao pouco tempo de utilização,foram retirados,para não deturpar a média.
O centenário de Pauleta
Confesso que nem sempre fui um admirador das suas qualidades.Apesar de ser uma máquina de fazer golos parecia faltar-lhe sempre qualquer coisa para que todos reconhecêssemos as suas qualidades.Mas sendo o futebol um espaço predominantemente de emoções, os seus amantes são invariavelmente tocados por paixões efémeras, amores eternos, desejos secretos ou simples admirações discretas.Um jogador que por mais sucesso que tivesse no futebol nunca teria destinado para si um lugar no coração dos amantes de futebol. Um futebolista que jamais despertaria paixões assolapadas e perseguições de admiradores...claro, Pedro Pauleta!
Como jogador Pauleta faz a diferença pela sua enorme e inigualável capacidade de fazer golos.Sempre de olhos postos na baliza remata de qualquer maneira e feitio com a única intenção de fazer golo. Move-se muito bem entre os defesas contrários e adora apanhar a bola entre o central e o lateral para desferir remates em diagonal.Sem nunca ver reconhecido o seu trabalho em Portugal tem sido em França que granjeia tamanho prestigio.
Mas este ano,Pedro Pauleta não está a ter uma época fácil. Os problemas físicos têm-lhe dificultado a luta pela titularidade, mas quando chega a altura de marcar golos o avançado do Paris Saint-Germain continua a mostrar que não tem concorrentes à altura na Ligue 1.Com 100 golos ao serviço do PSG,junta-se a Dominique Rocheteau como o melhor marcador nos 37 anos de história do clube.Como tantas vezes aconteceu ao longo da carreira de Pauleta, estes golos surgiram quando poucos esperavam. O avançado, que também é o melhor marcador de sempre da selecção de Portugal, com 47 golos em 88 presenças, foi apenas quatro vezes titular na presente época em jogos do campeonato gaulês e, até ao final da semana passada, tinha comemorado apenas um golo. Para tornar o cenário ainda mais negro, o treinador Paul Le Guen retirou durante alguns jogos a braçadeira de capitão ao melhor marcador da Ligue 1 na época passada, preferindo entregá-la ao jovem defesa de 17 anos Mamadou Sakho.Para Pauleta, dar o máximo é sinónimo de marcar golos. A 6 de Outubro, o seu 185º jogo com a camisola do PSG terminou com uma derrota, por 3-1, na recepção ao Stade Rennais FC, e poucos pensariam que o recorde de Rocheteau estava ameaçado. O antigo internacional francês marcou 100 golos em 253 encontros, entre 1980 e 1987, ultrapassando o pequeno Mustapha Dahleb que, com 84 remates certeiros, continua a ser o melhor marcador da equipa em jogos do campeonato. Pauleta está a 14 golos do argelino e este é mais um recorde que o português quer superar.Contra todas as expectativas, Pauleta bisou em duas partidas. Primeiro, a 28 de Outubro, saiu do banco de suplentes para marcar dois golos ao Olympique Lyonnais, mas não impediu o desaire do PSG, por 3-2. Na quarta-feira, bisou frente ao Montpellier e levou a equipa da capital francesa a garantir um lugar nos quartos-de-final da Taça da Liga. Os problemas por que passam Pauleta e o PSG levaram a que não tivessem existido exuberância nos festejos, mas isso não retirou importância ao momento. "Estou honrado e orgulhoso desta proeza", afirmou Pauleta. "Andava atrás deste recorde desde o início da época. Dedico este 100º golo aos adeptos, que nunca deixaram de nos apoiar".Conhecido por ser um negociador implacável, Pauleta sempre olhou pelos seus interesses e consta que tem o salário mais elevado do futebol francês. O açoriano é um solitário e muitas vezes faz o aquecimento sozinho ou realiza tratamentos personalizados no centro de estágio do clube. O treinador é o principal responsável por retirar o máximo deste jogador introvertido. "É um grande ponta-de-lança, capaz de decidir um jogo em qualquer altura", explicou Guy Lacombe, o seu antigo treinador no PSG. "Mas precisa de sentir que tem a confiança de todos". Em Agosto, Pauleta esteve quase a deixar o clube, mas acabou por renovar contrato, embora nesta altura o possa sentir que não tem toda a confiança de que necessita.Há sete anos, Pauleta não hesitou em abandonar o primeiro grande clube que representou no estrangeiro, isto após duas épocas no RC Deportivo La Coruña, onde marcou 18 golos e conquistou um título espanhol. Assinou pelo FC Girondins de Bordeaux, ganhou a Taça da Liga francesa e conquistou o primeiro de três títulos de melhor marcador da Ligue 1. Em Paris, ganhou a Taça de França em 2002 e 2006, mas ainda não tem o apetite saciado. "Estou contente com estes troféus, mas não quero deixar Paris sem o prémio mais ambicionado, o título de campeão ou a conquista de um troféu europeu. Esta é a minha principal motivação, mais do que quaisquer honras individuais".


Sunday, November 18, 2007


Portugal 1-0 Arménia



Não me lembro de um jogo tão enervante como o de ontem. Que falta de garra, que falta de brio. Para uma defesa que andou quase sempre aos papéis valeu-nos o facto de os adversários serem, vamos lá... fraquinhos. A falta de Ricardo Carvalho explica tudo? Não me parece. Ricardo cometeu uma grande penalidade “bem superior” a algumas que por cá se vão marcando. E que dizer do meio campo? Miguel Veloso infelizmente continua com aquele tique de vedeta o mesmo tique que vai afastando o meu Sporting cada vez mais da luta por lugares que nós adeptos merecemos, Maniche não sei se jogou e se me perguntarem quem foi o terceiro elemento do meio campo, eu que não percebo nada de bola não sei dizer quem foi. E Cristiano Ronaldo a super vedeta por onde andou? Dizia ontem Luís Freitas Lobo, na TSF, que na selecção o Red Devil invade espaços, com o seu futebol, que não são seus e o “dono” do espaço não sabe criar as linhas de passe que o 7 tanto necessita. É capaz de ter razão, é que o madeirense ou se perdia em fintas ou então sofria falta – e foram 7 – e nunca a bola chegou jogável aos seus companheiros. Valeu-nos a marrada – no sentido de cabeçada – de Hugo Almeida na melhor – a única?!- jogada do encontro. E agora falta apenas um ponto para nos qualificarmos mas a jogar assim o problema é mesmo esse, ou seja, ainda nos falta um ponto. Se houver garra e brio talvez nos desloquemos em 2008 até à Áustria e à Suíça...

Saturday, November 17, 2007



Sabias que... Maradona passou por Alvalade?


Ikovic,ex-guarda-redes do Sporting,apostou 100 dólares em campo,com um árbito francês,como defenderia um penalty de Maradona...E consegui vencer a proeza...


Decorria o ano de 1989,quando o Nápoles de Careca,Alemão e Carnevale,foi o adversário sortiado para enfrentar o sporting,na taça UEFA.Curiosamente,a equipa Italiana era a detentora do troféu.Os jogadores Leoninos não deixaram de pensar no azar que lhes tinha batido á porta,pois do outro lado podia-se encontrar Maradona,somente um dos melhores de todos os tempos.O astro Argentino,já estava em declinio,apresentava uma barriguinha considerável,barba por fazer,e o folego deixava já muito a desejar.Mas só o nome Maradona,fazia tremer as pernas dos mais duros adversários.


A primeira mão em Alvalade,no dia 8 de Novembro,foi marcada por uma surpresa,Maradona iniciava o jogo como suplente.Já muito perto do fim,com um empato a zero,Maradona levanta-se finalmente do banco e entra na partida.A sua entrada em campo mais pareçia um golo,tál os aplausos ensurdecedores que se ouvia da bancada,com os adpetos a ficarem deliciados com a presença da lenda viva em campo.No entanto o resultado manteria-se sem qualquer golo,não havendo um vencedor.O único que vençeu,foi Carlos Manuel,que trocou a camisola com"El Pibe".


Na segunda mão a história foi diferente,Maradona correu mais e teve o espaço em campo para brilhar intensamente,para desespero de Carlos Manuel.No entanto,o Sporting apenas quebrou-se nos penaltys,tendo Ivkovic ganho uma aposta que surpreendeu o Mundo.E quem melhor que


Ivkovic para contar como tudo aconteceu...?


Segundo o antigo guarda-redes,o Sporting havia sido a melhor equipa no conjunto das 2 mãos,mas os falhanços flagrantes e as bolas aos poste não premitiram vencer,uma das melhores equipas do Mundo,na altura.


Na hora dos penaltys,Ivkovic,vira-se para Maradona e diz-lhe:"Queres apostar que eu defendo o penalty"?.O árbito Francês,percebeu o desafio riu-se para o guarda-redes: "Queres apostar? Vá 100 dolares!" insistiu o guardião. "Ok,aceito",respondeu o árbito.Por muito louco que possa parecer esta aposta,o certo,é que Ivkovic, defendeu mesmo o penalty de "El Pibe",ganhando a aposta e silenciando um estádio que contava com 80 mil almas...Curiosamente,em 1990,num comfronto entre a antiga Jugoslávia,Ivkovic voltou a defender novo penalty de Maradona...



E Agora...Não se vai ao Mercado?

No Sporting exige-se qualidade, e não tranquilidade, como tanto Paulo Bento gosta de frisar. Salta à vista neste primeiro terço de época, a existência de muitos erros no clube, erros demasiados para um clube com a grandeza do Sporting, e nós adeptos não queremos que esses erros ocorram, mas insistentemente, toda a gestão leonina de futebol, desde Soares Franco a Paulo Bento, passando por Carlos Freitas, cometem os mesmos erros. O presidente, esquece-se que sempre que se junta com outros, mesmo que seja, para promover o jornal encarnado, acaba sempre por sofrer as consequências, e já não é a primeira vez que comete esse erro. Relativamente a futebol, é perceptível, que muito pouco entende do assunto, e está mais interessado em pagar ao BES, do que em construir uma verdadeira equipa, que lute em todas as frentes, e inacreditávelmente afirma perante a comunicação social que o Sporting não necessita de reforços, que temos uma excelente equipa, tão boa que se vê os resultados e exibições que têm feito. Carlos Freitas arrancou em funções de director técnico do futebol, e com excelentes resultados, lembro-me da contratação de André Cruz, Mpenza e César Prates, que nos deram o titulo tão ansiado em 2000, e todas feitas no mercado de Inverno, mas de há uns tempos para cá, desde que passou a ter funções de administrador da SAD, o seu trabalho tem vindo a decair, contratações ridículas, de jogadores que no meu entender nunca serviriam para o Sporting. Planteis em Portugal com um orçamento bem mais pequeno, conseguem construir equipas, veja-se o caso do Setúbal, que esteve com um pé na 2ª Liga, e à beira de entrarem na falência, mas com muito pouco dinheiro construíram uma grande equipa, tão boa que ainda não conheceu o sabor da derrota este ano. Quanto a Paulo Bento, não desgosto do seu carácter e juventude enquanto técnico, o problema está nos constantes erros que comete, a insistência em apostar em certos jogadores, Djaló e Pereirinha, não são jogadores para o Sporting, de quantos mais jogos serão precisos para perceber isso, e a insistência num estilo de jogo que está mais do que provado, que com as características que os jogadores que dispõe têm, não é o mais adequado, não falando nas substituições erradas, no decorrer das partidas. Com tudo isto quero mostrar o meu descontentamento com toda a gestão, não quero com isto dizer que quero a saída de A ou B, mas sim exigir, sim porque eu como qualquer sportinguista tem esse direito, respeito por todos nós e que as coisas se invertam de modo a melhorar. Isto aplica-se também a muitos dos jogadores que representam o Sporting que não dignificam a camisola que envergam...

Friday, November 16, 2007


Simão faz de Deco
O seleccionador de Portugal, Luiz Felipe Scolari, revelou que na ausência de Deco, ou de um jogador com as características do médio do FC Barcelona, será Simão Sabrosa a cumprir esse papel.
O conjunto lusitano parte para a derradeira dupla jornada, diante da Arménia, no sábado, e frente à Finlândia, quatro dias depois, privado de Deco, além de Petit, Ricardo Carvalho, Jorge Andrade e Miguel, todos a recuperar de lesões. Na ausência do organizador de jogo dos “blaugrana”, Scolari afirmou que vai ser o extremo do Club Atlético de Madrid a assumir a função. “O Simão jogou muitas vezes naquela posição”, avançou. “Como não temos um jogador específico para aquele lugar vamos apostar numa situação um pouco mais ofensiva para que a equipa consiga o golo o mais rapidamente possível”, sublinhou o seleccionador, que cumprirá ante a Arménia o último jogo de castigo após os incidentes ocorridos no desafio com a Sérvia, no passado mês de Setembro.
Scolari adiantou igualmente que Simão irá jogar no apoio ao único ponta-de-lança do ataque e explicou por que razão irá deixar Nuno Gomes no banco de suplentes. “Ainda não está a 100 por cento. Tem dificuldades em iniciar a partida e por isso é provável que não actue no ‘onze’ titular”. Quanto ao estreante Pepe, embora sem revelar se será titular no eixo da defesa, disse: “Ele já oferece garantias e já mostrou estar fisicamente nas melhores condições”.
Por seu lado, Nuno Gomes acredita que “podemos ser já apurados, mas não creio que isso vá acontecer. Era bom que conseguíssemos uma vitória. Cabe-nos fazer o nosso papel e esperar pelos outros resultados”. Sobre a titularidade de Simão frente à Arménia, o avançado do Benfica, ex-companheiro de equipa do agora jogador dos "colchoneros", afirmou: “É sempre bom um avançado ter alguém com inteligência e que faça boas assistências. O Simão tem essas características, por isso as coisas ficam facilitadas para os avançados”.