Friday, December 18, 2009

«Demos um salto em frente»

Carvalhal contente apesar da derrota. Mas de que valor fala este homem? Sinceramente eu não consigo compreender. Eu vou dar valor a quê? a um presidente que vai buscar um treinador de nivel medio/baixo porque não tem dinheiro e que passado um mês diz que vai gastar o que for preciso para reforçar a equipa? O mesmo que em Julho dizia que o Liedson valia por 5 e que com estes é que iamos ganhar tudoFFFFOOOODDDDAAAASSSEEEE. Corram já com esse cabrão da cadeira, quem tá a enterrar aquela merda toda é ele desde que lá pôs os pés é a maior vergonha de Presidente que alguma vez passou pelo Sporting. O que eu esperava de um treinador novo era mudanças na equipa, era encostar a merda dos lugares cativos e mostrar àqueles meninos que têm de suar duas vezes mais a camisola. Era pôrPolga de molho, têr visão para apostar de vez no Pereirinha a defesa direito, pôr o Patricio no banco se este só estiver a fazer merda, porque estão lá mais 3 guarda-redes só para fazer numero e levar mais uns trocos do orçamento no fim do mês, era arranjar um lugar ao Moutinho naquele meio-campo desgarrado em que ele já não sabe o que é, era pôr o Veloso a defesa esquerdo porque não há mais nenhum de jeito no plantel e porque ele até se amanha no lugar e quiçá, poderia ser titular da Seleçcão que vai ao Mundial , era mandar Grimis, P.Silva, A.Marques e toda essa merda para o caixote do lixo, era pôr novamente o Vukcevic a jogar à bola, era arranjar um sistema tático em que a equipa marque mais que uma merda de um golo por jogo e não sofra 1 ou 2. O que eu esperava,na realidade, era um treinador com alguma classe, não um que tenha sido corrido em mais de metade das equipas de MERDA em que treinou. O que eu queria era um Presidente coerente, que não ande aos saltos para mostrar que “é cá dos nossos”, que não agite maracas a bambolear o cú anafado, que diga coisas com sentido e que haja em conformidade, que não tenha medo dos filhos da puta dos bancos pois o Sporting é muito superior a estes e só o pode demonstrar se não estiver amarrado a nenhum em particular. Eu não varria nada desta merda, eu fazia era um sistema de aspiração central que sugasse todos estes dejectos que minam e dominam o Sporting e os eliminasse de vez, fooodddaaassseee... Eleições já...

Seria Mais Uma Valia

o interesse do Sporting em Rúben Micael teve destaque em todos os jornais desportivos. No entanto optei por não fazer nenhum destaque à notícia, pois ouvi ontem o presidente Rui Alves do Nacional na RR, e pareceu-me ser claro que o Sporting não irá contratar este jogador, contudo hoje os jornais a partir das mesmas declarações tiveram uma interpretação completamente diferente. Poderei estar errado, mas considerando todas estas condicionantes:

- O jogador já jogou na Liga Europa, e não o poderá fazer ao serviço do Sporting;
-Acreditando no que disse o presidente do Nacional, o jogador não sairá por menos de 5 milhões, ou então por 3 ou 4 por uma percentagem do passe. O que me parece algo fora do alcance financeiro dos leões.
-E por último, tendo em conta que a única contratação da época do clube de Alvalade foi Matias Fernandez que joga exactamente na mesma posição do madeirense, qual seria o papel do chileno na equipa? Como é obvio, não me parece que faça sentido que o Sporting contrate alguém para essa posição, depois do investimento que fez no chileno, passados apenas 6 meses. Parece-me que esta noticia tal como as noticias que davam conta do interesse do Sporting em Muriqui e Cristiano, são fruto da imaginação de algum jornal/jornalista. Contudo, admito mais uma vez que poderei estar completamente errado.

PS: Com tudo isto, não estou a por em causa o valor do jogador, que me parece ser muito.

Monday, December 14, 2009

Os Tais Pormenores


Não é que queira dizer mal da equipa quando ganhe, nem bem quando perde. Seria estúpido assim o fazer. Mas numa exibição idêntica á de Setubal, voltaram a ser os pormenores que decidiram o resultado do jogo num jogo que não correu bem ao Sporting, e quando são pormenores a decidir resultados contra equipas como o Setubal e Leiria, quer dizer alguma coisa. O Sporting está em crise. O Veloso voltou a ser um trinco transparente, Patrício voltou a errar,Liedson voltou a falhar golos que não pode falhar, Abel voltou a ser comido nas costas, Matigol voltou a desaparecer do jogo, Polga voltou a dar pena, Postiga voltou a querer ser o jogador que nunca foi, o relvado voltou a ser um acto de penosa auto-mutilação do clube, a equipa voltou a dar vertigens aos calmeirões adversários, Alvalade voltou a assobiar Carvalhal voltou a fazer testes, com praticamente três tácticas diferentes... Não serão 2/3 victorias ou empates que sabem a vitórias, que mudam as coisas de um dia para o outro, e isso viu-se ontem. Ao minimo dissabor, sente-se logo demasiada intranquilidade dentro do clube. Acho que há que esqueçer tudo o resto agora. A contestação dos adeptos, os atrasos pontuais, as exibições de gala de Benfica e Porto, a falta de orçamento em ir ao mercado para eventuais reforços. Concentrar-se apenas em si ! Precisamos sobretudo de calma e bom senso da nossa direcção e equipa técnica.Aos poucos ir melhorando, e talvez chegar a algo mais lá mais para o fim da época, se com sorte estivermos na disputa de algum troféu. Agora vai-nos tocar sofrer e muito. Soluções rápidas no mundo do futebol não costumam existir, principalmente quando não existem poços de petróleo em Alvalade...

Friday, December 4, 2009

Lá vai sobrevivendo...


Estou firmemente convencido que ao minuto noventa do jogo, o Sporting estava com um pé fora das competições europeias. A derrota caseira obrigaria a pontuar em Berlim, perante um Hertha necessitado de ganhar, e este Sporting dificilmente estaria em condições de resistir a tão grande pressão emocional e competitiva. O golo de Grimi foi pois uma dádiva dos céus, que irá permitir-nos encarar a prova com outra ambição, os dezasseis-avos de final são apenas em Fevereiro, e até lá muita água vai correr debaixo das pontes. Mas em fim, valeu-nos um golo, que chegou numa altura em que já ninguém esperava, e na sequência de uma exibição sofrível da equipa de Carvalhal, bem ao nível do que de pior já se viu naquele estádio na corrente temporada. Depois de Twente, Paços de Ferreira, Olhanense e Ventspills, esta foi, que me lembre, a quinta vez que o Sporting desta época se salvou de resultados negativos nos últimos instantes das partidas, o que, se atesta a crença da equipa, também mede as enormes dificuldades que encontrou em todos esses importantes momentos e assim, lá vai sobrevivendo, entre a angústia e a esperança num futuro melhor. Liedson tem razão. Sozinho no ataque não rende nem metade, motivo pelo qual o teimoso do Paulo Bento montou um sistema à sua medida. Sendo ele, de longe, o melhor jogador do Sporting (e único com verdadeira dimensão internacional), justificava-se que tal sucedesse.
Com o 4-2-3-1 imposto por Carvalhal, o Sporting fica mais compacto, consegue manietar equipas mais fortes (foi o que aconteceu com o Benfica), mas perde claramente poder ofensivo. Nos jogos em que tem mesmo de atacar (e de marcar), nota-se um impressionante défice no interior da área, onde o levezinho, fixo entre altos e fortes defesas-centrais, se vê obrigado a travar uma luta desigual, evidenciando a fragilidade física que um 4-4-2 apelativo a sua maior mobilidade sempre foi capaz de esconder. Enfim, um difícil puzzle para Carvalhal resolver, pelo menos até que cheguem (se chegarem) os prometidos reforços. Um clube que, num jogo que valia uma qualificação europeia, apenas coloca 12 mil pessoas no estádio .... Mas a justiça do futebol é assim mesmo, e com o mais fácil grupo de que há memória na história das provas europeias (pelo menos no que toca aos emblemas nacionais), com golos providenciais nos últimos minutos, este meu Sporting lá vai, juntamente com o Benfica, para a fase seguinte da Liga Europa...

Pior era difícil


Brasil, Costa do Marfim, Coreia do Norte. Estamos no grupo da morte, não vale a pena negar... Apesar da fragilidade dos asiáticos, pior era difícil. Encontrar o mais forte candidato ao título e a mais cotada equipa Africana da actualidade (claramente a mais complicada do Pote 3) era perfeitamente dispensável. Se compararmos com os grupos de 2002 e 2006, percebemos a alhada em que estamos metidos: 2002 (EUA, Coreia do Sul e Polónia); 2006 (México, Angola e Irão). Um teste duro para a Selecção, logo a abrir, um jogo complicado contra a Costa do Marfim, o jogo mais fácil com a Coreia, cinco dias depois, e um duelo com o Brasil a fechar o grupo. Mas se queremos chegar longe temos que passar estes primeiros obstáculos. Agora, como a história já mostrou, por vezes vencedores de grupos fáceis são eliminados logo de seguida, grande parte porque não tiveram nenhum real durante a fase de grupos. Com este grupo, e se passarmos, penso que estaremos bem mais preparados para Espanhas, Itálias e Holandas. E relembro o Euro 2000, tivemos no grupo da morte e limpamos aquilo... Será determinante começar bem, contra uma formação onde actuam Drogba, Kalou, Yaya Touré, Kolo Touré, Zokora ou Aruna Dindane. Grande encontro em perspectiva...
E agora que ajnda estou com a cabeça quente e sem olhar para previsões dos "experts", dou a Portugal 60% de hipóteses de se apurar. E vocês???...

Ainda longe de poder equiparar-se ao Barcelona de Guardiola


Surpreendeu-me o Real Madrid que se apresentou em Camp Nou, principalmente na primeira parte, jogou bom futebol e colocou a baliza do Barça em perigo. Mas o Barça é o Barça , e quando o Barça começa a jogar futebol, como o fez a espaços na 1ª parte e toda a 2ª parte, não vale a pena descrever táctica ou técnicamente o que eles fazem, simplesmente, humilham o adversário, seja o Inter, o United, o Real, esteja com 10, 9 ou 11 . Iniesta, Xavi e Messi juntos são de outro planeta e nesse planeta trata-se uma bola com o mesmo respeito de um avô, com o mesmo carinho que uma mãe e com a mesma paixão com que se trata a primeira namorada . Dani Alves é de longe o melhor lateral do Mundo, Piqué e Puyol fazem uma dupla perfeito, um agressivo (quem será? ) outro tecnicamente perfeito, um raçudo, outro inteligente, Puyol um símbol, Piqué, Piquenbauer ... Ibra começa a encaixar no futebol do Barça e ainda por cima constitui uma alternativa à própria forma de jogar, permitindo um jogo mais directo, mais físico, mais objectivo... Kaká e Ronaldo são o actual Real Madrid, aqueles que fazem a diferença, tudo o resto parece desconexo, um aglomerado,
Pellegrini deu a vitória ao Barça de mão beijada ao tirar Ronaldo logo após a expulsão de Busquets, como podem comprovar pelos dados estatístiscos depois da saída do Português o Real só chegou à baliza através de cantos... Resumindo e concluíndo, um Real melhor do que no ano passado (nos dois jogos levou 8-2... ) mas mesmo assim ainda longe de poder equiparar-se ao Barcelona de Guardiola, mais, um Real que sem Ronaldo é uma equipa como as outras...O Barça continua sem perder um único jogo para o Campeonato e apenas o Rubin Kazan conseguiu vencer os blaugrana. Duvido que consiga, tal como no ano passado, vencer todas as competições em que está envolvido mas de uma coisa tenham a certeza, o espectáculo está para durar, pelo menos, mais uma temporada...

Sunday, November 29, 2009

Acabei por sorrir



O Jogo
Não foi um mau jogo, houve intensidade, velocidade e emoção, mas a verdade é que um clássico sem o sal dos golos, sem expulsões, sem penáltis, sem casos, dificilmente resistirá muito tempo nas nossas memórias, o empate não podia ser mais justo, as equipas equivaleram-se, quer nas oportunidades criadas, quer nos minutos em que fizeram prevalecer algum domínio em campo. O Sporting começou melhor, o Benfica equilibrou e acabou o jogo por cima. Quem esperasse um Benfica esmagador e um Sporting a rastejar por piedade, ter-se-á surpreendido. Não foi o meu caso, que me recordo de uns quantos derbys, e já vou sabendo como estas coisas são. Trata-se, na verdade, de um jogo especial, e obviamente seria de esperar que o Sporting à procura de uma nova identidade, se apresentasse à altura da ocasião, equilibrando a contenda. É um facto que o Benfica já foi mais brilhante nesta temporada, e que o Sporting já esteve muito pior. Mas também já era de prever, olhando à conjuntura de ambas as equipas, e olhando aos seus últimos resultados, que tais diferenças se vissem algo esbatidas nesta partida. É inquestionável que o empate, não passando disso mesmo, é mais penalizador para o Sporting, que com mais estes dois pontos perdidos fica praticamente arredado da luta pelo título (o que não seria líquido em caso de triunfo). O Benfica vai continuar à frente do Porto, vê o rival de Alvalade manter-se à distância, resta-lhe menos uma jornada, e dos três principais adversários (Porto, Sporting e Braga) só lhe fica a faltar ir ao Dragão, justamente na penúltima ronda...


Observações
Não entendi o deslocamento que, a dada altura, Jorge Jesus fez de Aimar para o flanco direito. Coincidiu com o reequilibrar do jogo, é certo, mas retirou dele o Argentino, que ameaçava, nos primeiros minutos, poder fazer uma grande exibição. Por outro lado, foi quando Ramires regressou ao flanco direito que o Benfica assumiu definitivamente o controlo da partida. Seria dele, aliás, a melhor oportunidade de todo o jogo, quando aos 84 minutos falhou um desvio que parecia fácil para uma baliza deserta...

Já a estratégia de Carvalhal de colocar Vukcevic na zona de acção de César Peixoto não resultou, quer pela boa exibição do ex-bracarense na primeira parte, quer pela total desinspiração do montenegrino ao longo de todo o jogo, diria mesmo, ao longo de toda a época...

E já que se fala em individualidades, além dos já referidos (guarda-redes e defesas centrais, de entre os quais Sidnei surpreendeu pela positiva face aos seus últimos desempenhos), diga-se que João Moutinho e Miguel Veloso foram os mais influentes no Sporting, enquanto Ramires, Javi Garcia e Saviola (além de Aimar, enquanto esteve na sua posição) destacaram-se ligeiramente num Benfica, onde, à excepção de Quim, ninguém jogou muito bem, e ninguém jogou muito mal...

Olhando para o copo meio vazio, também se terá de notar que nos últimos quatro jogos o Benfica apenas marcou um golo, o que pode ser sintomático de uma certa quebra longe de ser dramática, pois a temporada é longa e será inevitavelmente feita de altos e baixos, esperando-se que os baixos permitam, ainda assim, resultados como um empate em Alvalade...


Ontem fiquei com a sensação que muito havíamos perdido:
Perdemos o pontapé para a frente...
Perdemos o medo de ter a bola...
Perdemos a aflição nos cruzamentos...
Perdemos a tremedeira nos lances de bola parada...
Perdemos a individualização do nosso jogo;
Perdemos a desorganização...
Perdemos a previsibilidade...
Perdemos a falta de empenho...
Perdemos a imagem de falta de comparência que tantas vezes espelhámos...
Perdemos a desunião entre a equipa e os adeptos...
Perdemos a falta de temor com que já nos encaravam os adversários...
Perdemos, do ouvido, o grunhido da cagança vermelha...
Pode parecer paradoxal - não sei se sentiram o mesmo - mas reflectindo sobre estes prejuízos, acabei por sorrir , invadido pela sensação que terminámos a noite a ganhar...

Monday, November 23, 2009

Uma chicotada de bom senso...


Estreia de Carvalhal em jogo mais ou menos de treino, num jogo que tinha tudo para ser fácil vieram ainda ao de cima muito do nervoso miudinho que tem afectado a equipa. Sofreram um golo logo aos 20' e depois tiveram de correr atrás do prejuízo, até porque fantasmas passados rapidamente se acercaram. Na segunda parte a equipa esteve mais tranquila e a bom nivel. Acho inacreditável como os comentadores diziam, ao intervalo, que o 1-0 para o Pescadores era justo. Mas será que por o resultado ser escandaloso, as hipóteses flagrantes do Sporting e os 70% de posse de bola deixaram de existir??? Carvalhal devolveu o Sporting ao 4-2-3-1. Já era hora, e nem hesitou com o resultado ao intervalo. Moutinho tem de ser o organizador da equipa no meio, a segunda opção tem de ser oMatigol. E o Liedson sozinho no ataque era um mito estúpido e inexplicável do último treinador. Parece que Carvalhal consegui neste primeiro jogo como treinador principal do Sporting estabelecer uma chicotada de bom senso...

Eis os grandes beneficiados e o ponto negro:

Moutinho – Há muito, muito tempo que não víamos este Moutinho. Aliás, já nem me lembro do Moutinho a fintar . Ontem vi. Vi o Moutinho a fintar outra vez! E solto, fresco, rápido, líder...

Pereirinha – Ora aí está o Pereira, o grande beneficiado do regresso do bom senso ao Sporting. Carvalhal é esperto, porque sabe que tem ali ouro… O outro treinador também sabia, mas ninguém percebe o que se passou, entretanto. E ele nunca explicou… deve ter sido o Sá Pinto ou o Rogério Alves...

Liedson – Voltou a ter uma mão-cheia oportunidades de golo perto da baliza. Falhou várias, talvez por falta de hábito...

Ponto Negro:
A defesa continua medonha. Polga continua Polga, Tonel voltou a ser Tonel, Grimi já nem é Grimi , Abel sempre Abel. E o Rui Patricio está a regredir, parece-me. O duplo pivot (outra decisão sensata) no meio campo engana, porque não estava feito para defender mas para sair a jogar. Ainda assim, as bolas metidas nas costas pelo Costa mostraram como o Carriço é o melhor (ou o único) defesa do Sporting. O regresso da defesa à zona nas bolas paradas (mais bom senso) sempre disfarça, mas é bom que o Carvalhal treine muito, muito os aspectos defensivos da equipa durante esta semana. E que gaste os milhões praticamente só do meio-campo para trás. Venha o Benfica, com a certeza que o Sporting já abandonou a auto-mutilação. Falta ainda lamber muitas feridas, mas apenas aquelas feitas pelos outros e não por nós próprios. Futebolisticamente, claro, porque o presidente continua à solta. Mas isso é outra história…

Thursday, November 19, 2009

Ponto prévio...


Sou, como já disse, sou adepto da Selecção qualquer que seja o treinador, e espero ardentemente que Portugal faça o melhor Mundial possível.
Vamos então a Queiroz.
Tinha pouca coisa contra ele antes de vir para Seleccionador, embora me parecesse uma pessoa algo altiva e pouco simpática, e duvidasse um pouco do seu currículo, cheio de fracassos , e com poucos títulos séniores. Reconhecia-lhe o grande trabalho como formador de jovens, mas para o futebol profissional tinha sérias dúvidas de se tratar de um grande treinador, daqueles capazes de fazer a diferença, como Mourinho, Capello, Lippi, Trappatoni, Wenger ou...Scolari.Conheçe as metodologias de treino, mas falta-lhe leitura de jogo, falta-lhe capacidade de mobilização, carisma, força mental e muitas outras coisas. Os seus primeiros meses nesta aventura foram um monte de disparates. O primeiro erro foi querer a todo o custo romper com o passado, que era tão só os melhores anos de sempre da Selecção.
Declarações ridicularizando as bandeiras nas janelas, dizer que não tinhamos ganho nada, como se um quarto lugar não fosse um enorme triunfo, entre outras, deixaram-me ainda mais desconfiado . Depois foi o experimentalismo constante, que quase descaracterizou a equipa, e que nos custou muitas aflições. Convocatórias de jogadores medianos, alterações tácticas constantes etc. Só quando a coisa estabilizou Portugal começou a ganhar.
Ainda assim há muita coisa no modelo de jogo da Selecção que eu não percebo. E pelos vistos não estou só, visto que grande parte da imprensa especializada também não percebe. O futebol praticado esteve sempre entre o assim-assim e o medíocre. Este terá sido o jogo mais conseguido, mas ainda me lembro da Albânia e do Brasil, sem falar na derrota frente à Dinamarca, só possível mnuma equipa sem orientação, sem presença de banco, sem tranquilidade e sem força mental, a imagem de Queiroz. Viu-se também dificuldade em impor disciplina, como no caso dos pseudo-lesionados para o jogo com a Albânia, com o resultado que se sabe. Como se tudo isto não bastasse, Queiroz seguiu uma estratégia de proximidade com Pinto da Costa, que colocou irremediavelmente muitos Benfiquistas contra ele (e a prova são os assobios que escutou sempre na Luz). Lá por Scolari o ter afrontado (mais por palavras, pois nunca deixou de convocar os melhores jogadores do Porto, que eram até a base da equipa), não era necessário que o seu sucessor lhe fosse lamber as botas. Se Scolari cometeu um erro (e acho que por exemplo a questão de Bruno Vale foi também um disparate), Queiroz emendou com outro erro, podia muito bem ter unido, mas dividiu novamente. Diz-se que terão ficado logo aí acordadas algumas questões relativas às convocatórias, como por exemplo o veto a Paulo Assunção. A verdade é que pouco tempo depois de tomar posse, lá estava ele na tribuna do Dragão ao lado do criminoso presidente Portista . Outro episódio: Boa Morte apareceu numa festa do FC Porto, e poucas semanas depois era surpreendentemente convocado para a Selecção . Bruno Alves, Raul Meireles ganharam peso na equipa, Beto (que nunca foi titular do Porto) e Rolando foram chamados . Nuno Gomes e Quim foram votados ao ostracismo, mesmo tratando-se de dois jogadores experientes, e em posições nas quais a Selecção está claramente deficitária, por fim, há que não esquecer que PORTUGAL ESTÁ NO MUNDIAL APENAS PELA CIRCUNSTÂNCIA DE A DINAMARCA TER GANHO À SUÉCIA... Com tudo isto, seria difícil que a minha antipatia inicial se alterasse . Mas faço uma corecção , Portugal teve apoio na Luz, com estádio cheio e onde desde Liedson a Bruno Alves, todos foram aplaudidos e apoiados. Só Queiroz levou assobiadela . Termino como comecei, a minha maior ou menor simpatia pelo Seleccionador, não belisca minimamente a minha paixão pela Selecção.
Ao contrário de outros com Scolari (que até comemoraram com champanhe as derrotas com a Grécia), eu vou estar sempre do lado certo, agora, e no Mundial...Ponto prévio...

Obectivo Alcançado


Depois de muitas tormentas, a nau Portuguesa lá chegou ao destino desejado. Estaremos no terceiro Mundial consecutivo, lugar onde uma equipa que tem Cristiano Ronaldo, Deco ou Simão merece amplamente estar. Quem faz o favor de vez em quando me escutar, sabe que nunca virei as costas à Selecção, por mais antipatia que o Seleccionador me despertasse, por menos que concordasse com as suas opções. Mais do que Português, sempre fui adepto da Selecção Nacional, vivi momentos inesquecíveis com ela, e considero que um Mundial é algo demasiadamente importante para ser olhado com indiferença. Dito isto, e sem querer minimamente beliscar o mérito dos jogadores (e, talvez também um pouco, do seleccionador), não posso deixar também de referir que a nota mais relevante deste play-off foi a surpreendente incapacidade da Bósnia para fazer mais do que umas simples cócegas à Equipa Nacional. A importância dos jogos e o dramatismo da ocasião ter-nos-ão feito crer que esta Bósnia fosse uma potência em crescendo, quando não passa afinal e isso ficou claramente demonstrado, de uma Selecção mediana no contexto Europeu. Portugal cumpriu pois a sua obrigação, com naturalidade e sem grande sofrimento, bastou uma atitude competitiva forte, um elevado grau de concentração e uma vincada solidariedade dentro do campo para que a Bósnia quase não esboçasse reacção. Insistindo praticamente no mesmo onze da primeira-mão, Queiroz acabou por ser feliz. Até Duda fez um bom jogo (a melhor exibição que lhe vi), numa noite em que Pepe, Raul Meireles , Bruno Alves e Nani, brilharam a grande altura. Em momento algum Portugal perdeu o controlo total do jogo, e raramente os anfitriões chegaram perto das redes de Eduardo. O golo acabou por surgir, e mais poderiam ter acontecido, o resultado só peca por escasso. Passou pois a melhor equipa, não há agora qualquer dúvida quanto a isso. Daqui até Junho resta o tempo suficiente para repensar algumas opções, para eventualmente alargar o leque de escolhas, e para recuperar Cristiano Ronaldo, que tem na África do Sul, ele que tão pouco fez por lá estar , a oportunidade de ouro para entrar na eternidade do futebol. Acredito que temosequipa para alcançar as meias-finais, como em 2006, mas com um pouco de sorte, quem sabe, até podemos lograr uma prestação condigna. O que temos desde já garantido é um mês de Junho extremamente animado , o que para quem gosta de futebol (e eu como sou profundamente apaixonado por futebol) não deixa de criar alguma água na boca...
Viva Portugal

Tuesday, November 17, 2009

Ah, se tudo viesse do acaso...


Três bolas no poste e a Nação treme agora como vara verdes. Bastaram essas bolas no ferro para Queiroz deixar automaticamente de ser um pé frio. Afinal foi sempre essa a discussão que interessou, uma questão de bruxos, acasos e superstições muito familiar na equipa das Quinas. Bem, antes isso que discutir táctica. Percebo os adeptos Portugueses, a sério que os percebo. Para quê ver um jogo de futebol analisando organizações atacantes e defensivas, transições e marcações à zona ou ao homem? para quê se nos podemos recostar e entregar todo o jogo ao acaso? aquelas que entram e aquelas que não entram? afinal, trabalho já têm e para quê agora ir gastar massa cinzenta a analisar um jogo de futebol? que o faça quem ganha dinheiro com isso! A sério que percebo . Seja o teórico que já leu todos os livros do Vítor Frade, que já assistiu a todas as palestras ou o adepto mais comum, todos eles têm o mesmo objectivo, a vitória. Não há volta a dar-lhe, Queiroz teve agora a sorte que lhe faltou durante (quase) todo o apuramento. Não, não estou a falar da sorte de ter em Bruno Alves mais faro de golo que em Simão e Nani juntos, estou mesmo a falar das três bolas ao poste contra a Bósnia. Ah, se tudo viesse do acaso... Toda a gente certamente reparou, que a percentagem de posse de bola da Selecção foi mísera. Foi miserável porque foi a mesma que a da Bósnia: 50%. Ora eu sempre ouvi dizer e não foi preciso ler todos os dias o Paradigma Guardiola, que quando nós temos a bola a outra equipa não pode marcar golo e uma equipa como a Portuguesa, com os intérpretes que tem, devia ter guardado melhor a bola, mesmo que isso não lhe valesse o segundo o golo. Bem, preferia especular com bola do que poder sofrer o empate à beira do final, mas isto sou eu... Já é recorrente com Queiroz, pé frio ou não, o homem é intranquilo e meio cagarola, e isso ninguém lho tira. Basta vê-lo no banco para perceber isso e para perceber também que perdeu uma oportunidade de ouro para matar a eliminatória. Com isto os bósnios ficaram em alta. Tudo bem, desde que nós não nos amedrontemos. Dizem os que sabem, que a nossa Selecção vai entrar num autentico inferno para jogar este jogo, pois bem, mas uma coisa é certa, esta equipa da Bósnia continua extremamente acessível, basta os nossos jogadores e o nosso treinador quererem... É um autentico inferno,dizem muitos, alias pode até ser um autentico galinheiro ... mas basta marca um golito que passa-lhes logo os infernos . É também bom relembrar que os Espanhóis espetaram lá uma cabazada...
Força Rapaziada

Sunday, November 15, 2009

A montanha cagou um ratito do campo...


Depois da tempestade vem a bonança…Mas por Alvalade este ano não é assim. Tanta conversa por causa do treinador e eis que a “montanha pariu um rato”. Pode ser um rato mickey, um ratatouille, ou um rato qualquer da sarjeta, mas depois de 10 dias de ’suspense’ esta montanha cagou um ratito do campo (daqueles do feno) . É o que dá termos lunáticos a comandar o clube . Será que vamos deixar de ter o ’sponsor’ da Puma e vamos passar a equipar de Lacatoni?? É que também poupam uns tostões, afinal os equipamentos da marca do Carvalhal e amigos são mais baratos que a Puma... E agora aí está, um técnico procurado por qualquer grande equipa que se preze por não descer de divisão . Um técnico que vem agora só para podermos poupar uns tostões e ir buscar o Villas no fim da época “à borliu”, que grande surpresa e ambição , vai certamente contagiar todo o plantel . Posso e espero estar muito enganado mas parece-me que vai ser um daqueles anos à antiga, em que este ainda não vai ser o último treinador a passar por ali. É a descida ao inferno por parte do Sporting, quem se riu de Eriksson deve agora estar a chorar ou a soltar gargalhadas descomunais (eu ). É a prova que estamos a ser comandados por um comandante zarolho e a navegar numa “nau catrineta” ,completamente à deriva . Bateu no fundo esta merda! 2 vitorias em 17 jogos, o record pessoal do Carlos Carvalhal no Marítimo. Inacreditável a sucessão de más decisões do JEB . Como é que este otário remunerado pelos Sportinguistas pensou que um treinador que em 17 jogos pelo Maritimo teve apenas 2 vitórias poderia ser opção para o Sporting? É que foram somente 2 vitórias em 17 jogos caralho. E por favor, agora não me venham com merdas de que agora é preciso apoiar, acho que agora era tempo de fazer cair esta palhaçada antes que seja tarde de mais...

Se viesse seria o meu treinador...

Não tenho opinião formada sobre o Villas Boas. Tirando a banalidade da “aposta de risco”, não consegui encontrar forma de sustentar meia dúzia de argumentos acerca de um homem de 32 anos que tem no currículo de treinador (era para isso que ele ia ser contratado, é bom recordar) um mês de Académica e menos de uma mão cheia de jogos a comandar uma equipa. Dava-lhe o benefício da dúvida. Pela inteligência, perspicácia e profissionalismo que todos lhe apontavam. E que eu não tinha como confirmar. Mas se viesse era o meu treinador, o treinador do Sporting, provavelmente seria já o melhor do mundo e arredores. Embora confesse que, num plano mais racional, me preocupou a forma como tantos olharam para cima a antecipar um novo Mourinho e tão poucos sequer espreitaram para baixo ignorando a possibilidade de outro Luís Campos. Isto eram os meus pensamentos e tudo bem... Quando já dava por adquirido que seria ele o contratado. Quando não acreditava que o Sporting pudesse prestar-se ao ridículo de, depois de não estancar os rumores sobre ele, depois de ter elementos dos órgãos sociais a fazer campanha por ele, depois de fugas de informação sobre treinadores-adjuntos já escolhidos por ele, depois de um comunicado à CMVM a assumir que estavam a negociar com ele… depois de tudo isto, dizia, prestar-se ao ridículo de não conseguir chegar a acordo com a Académica para libertar o homem. Ou seja, não me incomoda que não venha o Villas Boas. Porque não sei se seria a melhor opção. Mas incomoda-me, de forma quase ofensiva, que não venha o Villas Boas por pura incapacidade negocial e tremenda inabilidade na gestão do dossier. Não se sabia da cláusula de dois milhões de euros antes de deixar sair tanta informação? Não se sabia da cláusula de dois milhões para dizer logo que não se queria pagar esse montante? Se Villas Boas era a primeira escolha, é absolutamente patético não conseguir contratá-lo por causa da Académica. Se a estratégia era não pagar pela desvinculação de um treinador, então Villas Boas nunca deveria ter sido ponderado. São muitas coisas, e demasiado óbvias, para que consiga aceitar isto. E agora? Arrasta-se a novela? Entra-se numa discussão na praça pública? Braço-de-ferro? Ou puxa-se do trunfo da famosa “segunda opção”? E qual é a segunda opção? É portuguesa? É estrangeira? Já foi contactado? Estava a ser negociado à mesma altura? E porque é que eu tenho a sensação de que está demasiada gente a assobiar alegremente a caminho do precipício? E com esta brincadeira há uma semana que estamos sem treinador...

Tuesday, November 10, 2009

Gostava de perceber a lógica do raciocínio...

Depois de uma ronda matinal pela imprensa desportiva, acabei por perceber de que o Bettencourt teria chamado toda a direcção da SAD e do clube (incluindo aqueles vogais mais recônditos ) para debater a escolha do novo treinador . Portanto estava curioso para ver o que de lá teria saído. E fiquei triste, pois claro que fiquei triste. Bem sei que estes textos dos jornais desportivos são em grande parte um exercício de adivinhação. Mas acreditando que o cruzamento das fontes de todos os diários pode, pelo menos, dar-nos uma indicação sobre as linhas gerais do pensamento de quem nos dirige, dei por mim a engolir em seco e a entristecer. Pelos vistos, o perfil desejado é “um treinador Português com experiência no campeonato nacional”. Percebo a ideia, admito que faz sentido, sobretudo atendendo às condicionantes económicas do clube. Faz sentido. Mas o problema está nas limitações da escolha, em função da oferta disponível. E os nomes que pelos vistos foram colocados ontem em cima da mesa chegam a provocar arrepios. Manuel Cajuda?! José Couceiro?! Nelo Vingada?! Augusto Inácio?! Carlos Carvalhal?! Estamos a falar do Sporting ou do Vitória de Setúbal? (com todo o respeito pelo Vitória de Setúbal)Quero acreditar que estes nomes não são mesmo hipótese. Que não estão mesmo a ser considerados. A simples ponderação destes treinadores (que terão os seus méritos, claro) representa um baixar de fasquia que roça o insustentável. Gostava de perceber a lógica do raciocínio. São treinadores “para aguentar o barco até ao fim da época”? São treinadores “para projectar o(s) próximo(s) ano(s)”? São treinadores “para dar razão ao presidente naquela teoria de que vamos todos morrer de saudades do Paulo Bento”? ***a-se que eu até pagava para engolir um sapo. Garanto-vos que pagava, e bem!, para beijar a careca do meu conterrâneo Cajuda no relvado de Alvalade, durante os festejos do título. Pagava para ir para o Marquês com umas calças de fato de treino puxadas até ao sovaco, em homenagem ao campeão Nelo Vingada. Pagava para pedir uma estátua ao bi-campeão Inácio, para urrar cânticos ao Couceiro, para colar posters do Carvalhal no meu trabalho. ***a-se… eu pagava para engolir todos esses sapos. Mas, por agora, a ideia de ter qualquer um destes homens no banco de Alvalade como solução para a crise do Sporting, só me faz engolir em seco. E ficar triste. Porque ninguém consegue fazer-me acreditar que um eventual futuro radioso passa por qualquer destes caminhos. Mas pronto… também posso ser só eu e a minha mania de não conseguir fazer uma crítica construtiva. Às tantas tudo isto faz sentido. Eu é que não estou a ver como...

Friday, November 6, 2009

Mais obra e menos conversa.


José Eduardo Bettencourt tem tudo para ser um bom presidente do Sporting. Mas, falta-lhe tudo para ser um bom presidente do Sporting. A conferência de imprensa de hoje foi (mais) um episódio que ilustra o que acabo de dizer. Descontraído, como é habitual, disse que não se sentia "corno" porque o Paulo Bento não lhe disse antecipadamente que ia pedir a demissão. Irónico, zurziu nos sábios do Sporting, declarando-se humilde e atento estudante das suas "soluções" e "críticas". Mefistofélico, avisou que os 10% que hoje apoiam a saída de Paulo Bento irão chorá-la em breve. Franco, confessou que Paulo Bento é um amigo e que jamais partiria dele a iniciativa de despedir o técnico. Crítico, invocou "valores" para elogiar Bento e justificar as suas posições.Não joga a bota com a perdigota! Bettencourt deu, na prática e para todos os efeitos, o ouro ao bandido. Convém lembrar ao presidente do Sporting que ele é... o presidente do Sporting! Bettencourt foi eleito por uma significativa maioria de Sportinguistas para dirigir o Sporting, para tomar a iniciativa, para aplicar os seus talentos na recuperação do prestígio e da capacidade perdida, para dar voz aos interesses do clube. Não consta do seu programa, sufragado por essa maioria significativa, qualquer mandato para capitular ou qualquer convite à cedência ou à transigência. Pelo contrário: Bettencourt obteve dos sócios um convite explícito para agir com determinação e firmeza.E o que é que nós acabamos por ver? Na primeira oportunidade, o treinador Paulo "Forever" Bento passa à reserva. E a culpa, é de quem? Bem, a culpa é de uma minoria que não percebe nada disto, mas que, pelos vistos, tem força suficiente (mesmo que não a tenha!) para forçar Bettencourt a agir contra as suas convicções, princípios e ideias e desviar-se do que deveria ser o seu rumo, o de um presidente profissional, eleito e pago para agir.Pergunto eu: que raio faz então Bettencourt no Sporting? Que força tem afinal a maioria que o elegeu? E que poder tem a minoria que o combate? Que significado tem no final o resultado da sua eleição? Que justificação poderá ter a sua "profissionalização" perante uma tão flagrante capitulação? Que confiança poderá suscitar tudo isto nos sportinguistas? Que fragilidades tem este Sporting para se revelar tão vulnerável afinal, perante uma tão pouco representativa contestação? Para que serviu então o voto em Bettencourt?E contudo Bettencourt, percebe-se, parece ser o homem certo para este lugar, de facto. E se pode haver quem possa salvar este Sporting dos escombros em que ficou preso, que pareça ter a capacidade, os conhecimentos, a experiência para levar a cabo um programa de transformação, parece ser ele.Mas, a cometer erros institucionais como os que comete e a dirigir um clube como o Sporting como se estivessse num episódio dos "Malucos do Riso", assim Bettentourt não se safa. "Valores" não são incompatíveis com acção, descontracção não rima com inconsequência e a democracia serve para agir, não é desculpa para reagir... Mais obra e menos conversa...

Quatro meses já tarde


Ainda a digerir a notícia. Mas já com opinião formada: era inevitável, claro, por isso saúdo-a. A demissão. Adeus Bento.Tudo isto era insustentável. A agonia não podia prolongar-se mais. Por muitas virtudes que tenha evidenciado ao longo destes quatro anos (e foram muitas, apesar de tudo), Paulo Bento deixou-se cozinhar em lume brando. E é pena. Não merecia sair assim.Daqui a uns tempos, quando olharmos para trás, sei que poucos de nós vão conseguir odiar o homem. Nós gostamos/gostámos do Bento. Mas não dava mais: habituámo-nos à teimosia, tolerámos a obstinação, desculpámos as derivas disciplinares, elogiámos a frontalidade e a rectidão, mas não conseguimos aceitar a incapacidade para fazer a equipa evoluir. Ou seja, nunca criticarei o homem. Lamento apenas que o treinador não tenha conseguido mostrar nestes quatro anos que o futebol do Sporting estava a caminhar num determinado sentido. Que fizesse sentido. Pelo contrário: estagnou, definhou, perdeu força num mar de falta de ideias. E o pior é que tudo isto foi acontecendo lentamente. Posto isto, é altura de pensar no futuro. Tendo em conta a conjuntura actual do clube, da equipa e do balneário, precisamos de um tratamento de choque. Alguém que conquiste de imediato os jogadores, que se faça respeitar automaticamente, que não tenha de estar a perder tempo com as tretas das ambientações e tal. A vertente técnica nem será a mais importante nesta fase. Precisamos é de uma injecção de alma, garra, vontade, força. Moral, sobretudo. E também alguém que proteja os jogadores do aparente desnorte que grassa pela SAD. Por isso proponho Laudrup é o tipo indicado, com muito futuro,aposta num futebol atacante mas com solidez,trabalha bem com jovens, comanda uma liderança forte no balneário, contactos juntos de empresários para o reforço de Inverno, uma figura de presonalidade, alguem a quem lhe reconheço muito mérito. Sobretudo aquele tipo de mérito que sinto fazer falta ao Sporting nesta fase... Tem tudo para singrar no Sporting...

Tuesday, November 3, 2009

Mais do Mesmo


Depois deste fim-de-semana futebolístico, há uma certeza, existe um Sporting a lutar pelo título, a jogar bom futebol e, a julgar por estas primeiras jornadas, dirigido por um treinador capaz de, sem perder a identidade definida para a sua equipa, moldá-la ao adversário que enfrenta de forma a manietá-lo tacticamente... Infelizmente, esse Sporting é o de Braga e não o Sporting Clube de Portugal... Mais uma brilhante exibição de onze tipos vestidos de verde e branco. Chamo-lhe onze tipos porque não são equipa de futebol mas sim uma invulgar manta de retalhos que não se entende e não se deixa entender. Jogam com pouca garra e com uma descontracção fantásticas. Passa-lhes quase tudo ao lado. Temos pontas de lança que não fazem um remate ao golo em todo o jogo. Uma equipa que aos 90+3 tem uma oportunidade de golo na cara do guarda redes e desperdiça não merece outra sorte. A brincadeira não para... Ninguém sente a camisola, e quem sente está longe de jogar, não mais margem de manobra, o campeonato foi-se. Há muitas palestras e muitas reuniões e pouca equipa de futebol...O que espera Paulo Bento para se demitir? Isto já é uma questão de dignidade, de auto-estima, e de respeito por si próprio...

Wednesday, October 28, 2009

Senhor Treinador


Amigo Paulo... agora... já não dá mais pá. Sinto-me envergonhado e vergado ao peso de uma estrutura em colapso. Para teres uma ideia aproximada, sinto-me como aqueles tipos do Soltem a Parede, ridiculamente vestidos e em poses embaraçosas, esperando escapar milagrosamente ao previsível atropelo. Atingimos uma situação insustentável (cá está, novamente, o malvado prefixo) e parece-me que o melhor para todas as partes seria, que abandonasses o comando da equipa. Sei que ainda não o fizeste porque acreditas piamente que tens capacidade para inverter a situação. E só por isso. Sei que não se trata de estúpido orgulho. E sei-o porque és um tipo com carácter e honestidade para além de quaisquer dúvidas; porque, como bastas vezes demonstraste, para ti o Sporting está sempre acima de qualquer interesse pessoal. Mas, Paulo... olha para o futebol que praticamos, pequeno e amorfo como um grão de areia, olha para as bancadas, quase tão desertas como o Sahara, olha para a ilusão dos adeptos - ténue como uma miragem, sente a dor das pessoas - como se tivessem pousado o rabo num cacto, e lê os títulos da imprensa - parecem veneno de cobra produzido em cérebros de camelos. É como disse, sei que acreditas mesmo. O problema é fazer os outros acreditar também. A descrença é enorme e, mais do que qualquer outra coisa, importa devolverem-nos a ilusão. Neste momento, qualquer exibição menos má da equipa será classificada de horrível. Qualquer passe errado, golo falhado ou sofrido, será motivo para vaia. Qualquer frase proferida será razão para protestos. Consegues ver por este prisma? Eu, como muitos outros Sportinguistas, ponho em causa a tua competência. Acho que tenham sido 4 anos de futebol miserável e o teu ciclo no Sporting chegou ao fim. Sem dramas. Acontece aos mais célebres treinadores. Basta lembrares-te de exemplos recentes como o rasgador-de-camisolas no Chelsea ou Ancelotti no Milan. Houve desgaste, acabaram por sair. E estou certo que, mais ano, menos ano, ver-te-ei na liderança de, por exemplo, um FCPorto. Se assim acontecer, podes crer, serás assombrado por este fantasma. Mas, se vieres a vencer o campeonato, no meio da tristeza pelo facto de não ter sido o Sporting a conquistá-lo, guardarei uma pontinha de alegria por ti. Nessa altura, aos doutos que trincavam losangos, mastigavam pentágonos, deglutiam a quadratura do círculo e cuspiam na tua geometria, a esses poderás dizer:
"- Agora chupem-me o cilindro."...

Thursday, October 22, 2009

Vitória em 3 Actos


Acto I
O Sporting faz os melhores 25 minutos da temporada. Joga no meio campo adversário, pressiona e recupera a bola, cria 5 hipóteses de golo e deixa adivinhar uma goleada depois do canto directo de Veloso. A inépcia de Caicedo e os postes deixaram o jogo em aberto.

Acto II
Regresso ao passado recente. Perdas de bola, displicências, pouca agressividade, pouca objectividade. Os letões, apesar de fraquíssimos, conseguem aquilo que se calhar nem os mais pessimistas esperavam: o golo do empate.

Acto III
Os jogadores parecem perceber, a 25 minutos do fim, que seria um escandâlo não levar de vencida o Ventspils. Retomam o assalto à baliza adversária, com pouca inspiração mas com mais determinação. Moutinho faz um soberbo golo, garantindo a vitória e novo analgésico aos adeptos. O suficiente para nos aguentar até 3ª feira. O apuramento está quase garantido e a equipa dá alguns sinais de retoma. Veremos se não é apenas uma impressão fugaz. Guimarães vem, por isso, na melhor altura.

Então

Já todos sabem a minha opinião quanto ao que se passa no Sporting. Alguma coisa tem que acontecer!Manter tudo da forma que está, é insuportável। Os adeptos afastam-se, não só do estádio mas também da sua paix pelo clube. Sem dúvida! Esta situação a médio prazo vai ser problemática. Se bem virmos, ainda esta semana os rivais andaram por escolas com as suas figuras mais proeminentes, Rui Costa e Vítor Baía। Do Sporting não aparece ninguém. Não há uma sportinguisação aos jovens, mas também a equipa não ajuda a tal desiderato pois com exibições tão fracas, o trabalho de cativar os jovens torna-se difícil. São muitos os adiamentos que neste momento vão acontecendo no clube। Ao que parece, o novo presidente continua a ter como preocupação primeira um tal projecto financeiro que, anunciado como o melhor de todos, é o que está a dar menos frutos e continua com enormes défices. Continua preocupado com angariação de 12 novos sócios de cada vez. Continua a preocupar-se em comentar projectos financeiros e operações dos rivais. Em contraponto a estas preocupações, não parece muito interessado em modificar algo que obrigue a equipa de futebol a ser a solução de parte destes problemas। Há 4 anos o clube vendeu 36 mil gameboxes। Este ano não tenho informação, mas acredito que deve andar em menos umas 10 mil... A maior parte dos sportinguistas acredita que Paulo Bento não é o maior problema de Alvalade mas os mesmos adeptos acham que é preciso mudar algo। Pedro Barbosa? Até pode ser bom, mas não vai deixar de haver o mesmo estilo de futebol, cansativo, saturante, feio e pouco eficaz, porque ganha menos que os outros. É minha opinião que a romper, esta ruptura deve ser total e completa, por muito que isso custe a quem gosta deste ou daquele। Devem sair TODOS! A solução de substituição não parece ser fácil e, sobretudo não deve passar por Manuel Fernandes, Cajuda ou outro destes que habitualmente se falam mas, quem sabe, o capitão Oceano, homem que se sabe de carácter e que não se deixa influenciar nem vergar facilmente, não permite veleidades nem vaidades aos jogadores, que até parece estar a fazer um bom trabalho nas selecções e que até é sportinguista. Dotaria a equipa técnica que ele escolhesse com um director desportivo chamado Sá Pinto e penso que teríamos um Sporting mais forte que o que temos neste momento...

Sunday, October 18, 2009


Realmente, com as exibições que o Sporting vem fazendo não sei onde ir buscar moral.Já o disse antes e volto a insistir no facto de que em Alvalade tem que mudar alguma coisa e não é só a relva!...É frustrante ver esta equipa e o Paulo Bento não ajuda pois com substituições em que sai o Liedson e entra o Pedro Silva a 3 minutos do fim de um jogo com o Penafiel, se não está a gozar com os adeptos, deve estar a ter qualquer problema na cabeça... Por favor!... Apesar dos 3 golos, foi mais do mesmo.O Sporting continua a não conseguir uma exibição de jeito. Uma primeira parte pauperrima, onde só a debilidade do adversário fez com que o nulo fosse o resultado ao intervalo.Na segunda parte o esquema mantivesse com apenas a alteração do marcador fruto de erros infantis da equipa adversária.Só com uma oferta da defesa duriense que cai nos pés do Liedson fez com que o resultado mudasse.A reflexão e as palestras parecem que já não surtem qualquer efeito e o divorcio da massa associativa com a equipa está na rua... Já não tenho adjectivos para colocar nesta equipa do Sporting. O pior é que o tempo vai passando e a situação não se inverte... Uma Ultima nota - Tratem do relvado. É uma vergonha....