Tuesday, November 10, 2009

Gostava de perceber a lógica do raciocínio...

Depois de uma ronda matinal pela imprensa desportiva, acabei por perceber de que o Bettencourt teria chamado toda a direcção da SAD e do clube (incluindo aqueles vogais mais recônditos ) para debater a escolha do novo treinador . Portanto estava curioso para ver o que de lá teria saído. E fiquei triste, pois claro que fiquei triste. Bem sei que estes textos dos jornais desportivos são em grande parte um exercício de adivinhação. Mas acreditando que o cruzamento das fontes de todos os diários pode, pelo menos, dar-nos uma indicação sobre as linhas gerais do pensamento de quem nos dirige, dei por mim a engolir em seco e a entristecer. Pelos vistos, o perfil desejado é “um treinador Português com experiência no campeonato nacional”. Percebo a ideia, admito que faz sentido, sobretudo atendendo às condicionantes económicas do clube. Faz sentido. Mas o problema está nas limitações da escolha, em função da oferta disponível. E os nomes que pelos vistos foram colocados ontem em cima da mesa chegam a provocar arrepios. Manuel Cajuda?! José Couceiro?! Nelo Vingada?! Augusto Inácio?! Carlos Carvalhal?! Estamos a falar do Sporting ou do Vitória de Setúbal? (com todo o respeito pelo Vitória de Setúbal)Quero acreditar que estes nomes não são mesmo hipótese. Que não estão mesmo a ser considerados. A simples ponderação destes treinadores (que terão os seus méritos, claro) representa um baixar de fasquia que roça o insustentável. Gostava de perceber a lógica do raciocínio. São treinadores “para aguentar o barco até ao fim da época”? São treinadores “para projectar o(s) próximo(s) ano(s)”? São treinadores “para dar razão ao presidente naquela teoria de que vamos todos morrer de saudades do Paulo Bento”? ***a-se que eu até pagava para engolir um sapo. Garanto-vos que pagava, e bem!, para beijar a careca do meu conterrâneo Cajuda no relvado de Alvalade, durante os festejos do título. Pagava para ir para o Marquês com umas calças de fato de treino puxadas até ao sovaco, em homenagem ao campeão Nelo Vingada. Pagava para pedir uma estátua ao bi-campeão Inácio, para urrar cânticos ao Couceiro, para colar posters do Carvalhal no meu trabalho. ***a-se… eu pagava para engolir todos esses sapos. Mas, por agora, a ideia de ter qualquer um destes homens no banco de Alvalade como solução para a crise do Sporting, só me faz engolir em seco. E ficar triste. Porque ninguém consegue fazer-me acreditar que um eventual futuro radioso passa por qualquer destes caminhos. Mas pronto… também posso ser só eu e a minha mania de não conseguir fazer uma crítica construtiva. Às tantas tudo isto faz sentido. Eu é que não estou a ver como...

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